Spellbound (Dungeons & Dragons): ODnD
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quarta-feira, agosto 12, 2009

Imagens Hilárias do OD&D, Parte I

Não confie em ninguém que te diga que a edição original do D&D, publicada em 1974, não é uma das melhores encarnações do jogo.

O único problema é que naquela época, os livros eram editados de maneira praticamente artesanal. A TSR ainda era uma empresa pequena, e dá pra entender que sem computadores à disposição ou uma verba decente, não foi possível dar um tratamento visual excepcional pros livros.

Seguindo essa linha de raciocínio, também não dava pra esperar que as ilustrações fossem da melhor qualidade No entanto, isso não me impede de agora, 35 anos depois, analisá-las de maneira crítica, ponderada e comedida.

Meninos e meninas, esse é o primeiro de uma série de posts onde eu trago pra vocês as fantásticas ilustrações do OD&D. Hoje, veremos as 15 imagens do primeiro volume, Men and Magic.

E junto comigo nessa jornada épica, o DM do meu grupo. Com vocês, o ilustre Jack Castillo.

Jack: de cara você já vê a vantagem do OD&D em relação à 3ª edição: a capa realmente tem jeitão de coisa feita na idade média, com essa cor de envelope de guardar recibo e uma ilustração deveras rústica, convidando o jogador a desbravar um mundo fantástico de físicos atrofiados, armaduras desconfortáveis, armas impróprias e texto desalinhado. nem precisou daquela viadagem de simular capa de tomo mágico.

Han: cara, diga o que quiser, eu ainda acho essa capa bem mais legal que a da 3a edição. D&D é isso, cara, é desafiar as convenções, mesmo nos anos 70. A capa politicamente correta dando destaque pra um aventureiro com nanismo merece aplausos. Ou isso, ou é só um Halfling.

Jack: mas eu concordo! é o que eu disse sobre ajudar a entrar no clima: só de ver essa capa, eu já me sinto realmente morando num mundo de tecnologia precária.

É necessário apontar que o título do livro é MEN & MAGIC. o MAN, eu suponho, já está devidamente representado. agora resta saber onde está a MAGIC. deve ter alguma relação com o texto todo torto. Ou talvez se trate de alguma coisa mais sutil. veja por exemplo a expressão confusa do guerreiro: ele provavelmente está se perguntando que espécie de feitiçaria diabólica transformou o mundo nessa capa de papel barato.

Jack: bom, pra mim é bastante óbvio o que tá rolando. o mago merlin, um faquir e o guitarrista do anthrax estão fazendo uma festinha. o merlin tá explicando pra galera a brincadeira de estourar bexiga no colo dos outros. o faquir já está esperando, porque calhou dele ser o cara que vai segurar a bexiga. E o carinha do anthrax já tá até preparando uma dose porque, você sabe, não dá pra sair sentando em colo de homem sóbrio, né?

Han: vejo ali uma freira barbada, um faquir e um cara que me lembra um persa, ou egípcio, povos que até onde eu sei, não usavam gládios. Vai entender.

Jack: pois é, eu achei que se tratavam de aventuras num ambiente meio europa medieval. e aquilo no cinto do persa (?) não é uma marreta?

Han: aquele corvo em cima da maçã parece que está procurando algo no chão. Algo tipo sua capacidade de refletir luz.

Jack: parece até que ele tá sacaneando o faquir. tipo "hah! o careca vai peidar no seu colo".

Han: isso foi... terrível.

Jack: terrível é a caveira do pato donald na qual o corvo está apoiado. o pessoal não limpa esse lugar? que merda de festa.

Han: olha, uma Fada Viking. Tem no Livro dos Monstros?

Jack: tentando amedrontar uma, huh, lesma na folha?

Eu não sei quais as regras de vestimenta do mundo das fadas, mas deve existir alguma tese sobre balancear chapéus vikings com sapatinhos de bailarina.

Han: eu só queria saber de onde vem os chifres desse capacete. Talvez no mundo das Fadas Viking existam mini-touros, ou mini-minotauros. Minitauros! HAHA! Eu sou um gênio.

Jack: enfim, o fato da lesma estar cagando e andando pra demonstração de raiva da fada viking demonstra que até mesmo espécies cujo ritual de acasalamento envolve um duelo de pênis sabem que usar sapatinho de bailarina só te transforma num merda.)

Han: Não me surpreenderia se você dissesse que foi o D&D que te ensinou tanto sobre psicologia de lesmas.

Jack: rapaz, o que eu aprendi sobre a VIDA através do D&D daria pra preencher um livro. Só te digo que eu nunca precisei me especializar em nada que não fosse "espada de duas mãos" e "funda".

Han: Seria esse o primeiro desenho aceitável do livro?

Jack: aceitável? talvez do ponto de vista estético, mas... e esse DILDO largado aí no meio?

Han: ossos desenhados nesse esquema cartunesco já são fálicos, o ângulo desse aí não ajudou em nada.

Jack: isso traz outra questão: porque diabos guardar caveiras e ossos em meio ao tesouro? eu nunca entendi. se uma criatura é esperta o suficiente pra reconhecer o valor das moedas de ouro, organizá-las e eleger um lugar específico só para guardá-las, por que diabos levar restos de gente morta junto? Pra mim isso faz tanto sentido quanto um mafioso comprando uma mercedes e trocando o enfeitezinho do capô pelo crânio de uma chefão da máfia inimiga.

Pensando bem, isso seria bem legal.

Han: E pensar que uma idéia dessas nunca teria surgido se o dono do tesouro tivesse sido menos muquirana e gasto um pouco desse ouro comprando outro baú.

Han: Um anão tremendamente orgulhoso do bonsai ali ao lado.

Jack: pelo jeito, ele dedicou tanto tempo ao bonsai que esqueceu de comprar uma bainha decente pra espada. sério, segurar uma lâmina afiada com um CORDÃO e ainda apoiá-la contra a coxa? se existisse internet na fantasia medieval, isso ia ser assunto dos spams de powerpoint com sintomas de pobre, tipo colocar bombril na antena da tv.

Han: Essa imagem também apresenta pro mundo uma tendência fashion do OD&D: as botas adornadas com folhas de parreira.

Jack: e o conjunto clássico "camisa de garçom/saiote de couro de vaca". Pura finesse.

Jack: ok, eu não entendi o que é isso. pelo chapéu, eu chutaria que é o pateta. e você?

Han: Seja lá o que for, tem o poder mágico de distrair o inimigo com um pênis de borracha. Só lamento que essa imagem tenha ficado no meio do caminho pra parecer um autêntico teste de Rorschach.

Jack: ou isso, ou ele usa uma cobra jararaca como arma branca - o que é arriscado, mas não deixa de ser interessante, se você for pensar...

Han: ei, Pateta, você derrubou os fones de ouvido!

Han: olha, eu prefiro guardar minha espada com um barbante do que usar um lápis gigante como bainha, tipo esse gnomo.

Jack: eu não consigo pensar em nada pra falar sobre essa imagem. acho que essa perninha necrosada do gnomo e os pés inexistentes me confundiram.

Han: Não falei? Botas com folha de parreira!

Jack: sim! e você logo nota que se trata realmente de um bárbaro: checa só o cabelão tratado com lama do mangue! Ou é isso, ou ele tem algum companheiro animal que seja um polvo que ele carrega na cabeça.

Han: é impressão minha, ou ele tá com um shortinho de lycra?

Jack: é uma boxer. e eu achando que ele usava uma legging! Mas, no geral, é um desenho bem intencionado. você consegue notar direitinho o desespero na expressão dele, enquanto combate ferozmente o foco de luz indefinido que gera sombras sem o menor sentido em seu corpo.

Han: o necromante do grupo conjurou sombras na perna direita dele pra esconder o fato de que ela é muito menos malhada que a outra.

Han: Não entendo essas bruxas. Tanto feitiço, e nenhum capaz de criar um calço decente pro pé da cadeira. Digo isso porque seria covardia falar da perspectiva bizarra desse livro no chão.

Jack: e pra que ficar tão perto do caldeirão, afinal? elas estão preparando alguma poção diabólica ou fazendo fondue?

Han: Acho que é fondue de chocolate. Repare que o rosto da bruxa da direita tá lambuzado.

Jack: é verdade. e a bruxa da esquerda está até chamando a atenção, tipo "tem um bagulho gozado na tua boca".

Han: www.instantrimshot.com

Jack: bruxas precisam se divertir, você sabe.

Jack: coisas que tolkien não nos explicou: orcs se parecem com o Ron Perlman, usam cabelinho de vocalista do pantera e camisa com franja estilo country. De repente, eu não consigo pensar em nenhum adversário tão temível...

Han: não sei o que é pior: levar o golpe que deixou essa cicatriz na cabeça ou a calvície resultante do ataque.

Jack: hum. aquilo seria um cinto de castidade?

Han: Eu acho legal como o desenhista precisa especificar que ao contrário das bruxas (witches) da outra imagem, essa é a bruxa *linda* (beautiful witch)

Jack: resta saber se isso influencia alguma coisa nos poderes dela - ou na capacidade de comer fondue sem se sujar.

Han: esse desenho seria irrepreensível se não tivesse algo muito errado com os peitos dela. O esquerdo tá tipo tentando se esconder na axila.

Jack: vai ver que uma das bruxas feias ficou com inveja e resolveu amaldiçoá-la com peito de Lucélia Santos.

Han: certeza que na real, elas estão lá sentadas fofocando sobre a vida sexual dela.

Jack: sim. não dá mais pra ganhar dinheiro decentemente como stripper, fazendo aquele negócio de girar uns penduricalhos no mamilo.

Jack: eu vejo essa imagem e me lembro do borat perguntando "how much?"

Han: E ainda acham que D&D novo é mais legal. Nudez gratuita, poxa vida!

Jack: gostei do estilo de cowgirl erótica da moça. certamente deve influenciar durante o combate, com algum poder do tipo "atordoar". sem contar, é claro, essa carapaça na cabeça dela, que deve dar vários bônus na AC.

Han: devidamente negados pelos redutores em combate provenientes de ter pés dessa finura.

Han: Não dá pra negar que o D&D old school é mais realista: ninguém perde tempo fazendo a barba. Muito menos os goblins.

Jack: bem isso. curioso é que, levando em conta o estilo geral das ilustrações, se não fosse pela legenda, eu poderia muito bem confundir o goblin com o anão ou um dos gnomos. a diferença é que esse tem uma capa psicodélica. Pra quem não perde tempo fazendo a barba, os goblins certamente apresentam uma vestimenta impecável.

Han: E você sabe que um Anão nunca tentaria acertar o inimigo com as costas do machado.

Jack: está vendo? foi isso que eu disse: parece existir uma tendência de desenhar qualquer raça não-humana com barba e gorro. não é como se esses fosses traços raciais muito específicos, não é mesmo? mas você pode ver que até o elfo se mostra indignado, se rebelando contra sua forma genérica e enterrando o sabre em sua perna deformada. quando foi que ele se deu conta de sua condição? antes ou depois de abater a criatura de papier-maché aos seus pés? de qualquer maneira, a dor em seu olhar é evidente.

Han: mas esse Elfo tem algo único: a combinação de capacete e chapéu de bobo da corte.

Han: Juro que levei uns dois minutos pra entender o que tá acontecendo ali.

Jack: eu também. eu chutaria que o coração gelado dos ursinhos carinhosos está dando uma de sacana e jogando um balde d'água no travesseiro do zé gotinha.

Han: Você, meu caro, entende de arte. Nem me atrevo a tentar analisar mais a imagem.

Jack: ora, disponha!

Han: okay, por hoje é só, amiguinhos! Semana que vem a gente continua, com os desenhos do Vol. 2, Monster and Treasure. Vocês ainda não viram nada.

terça-feira, maio 05, 2009

Multiclassing através das edições

Leeloo Dallas, Multiclass.

Qualquer jogador sabe (ou imagina) que o sistema de Classes nasceu já na encarnação original do D&D. Personagens multiclasse também são um conceito bem antigo do jogo, e ao longo das diferentes edições, as regras para esse tipo de aventureiro passaram por um bocado.

Pra mim, multiclassing é um dos pontos mais interessantes das regras, então, é claro que eu vou tagarelar sobre isso. Vamos dar uma olhada em como as regras evoluíram (ou nem tanto):

OD&D

A coisa mais próxima de multiclassing no D&D original era o Elfo. Personagens que fizessem um personagem dessa raça podiam, entre sessões de jogo (ou aventuras, o que fizesse mais sentido) alternar entre Fighter (Guerreiro) e Magic-User (Mago, que nas versões do jogo escritas pelo Gygax tinham esse nome bem menos específico).

Enfim, um Elfo podia atuar como se fosse de ambas as classes, mas nunca ao mesmo tempo! Parece esquisito quando comparado às edições atuais, não é? Não dá pra dizer que ele é um personagem versátil, porque está sempre limitado às habilidades (e restrições) de uma única classe por vez. Por outro lado, é um prato cheio para os indecisos.

Tecnicamente, o Elfo funcionava como dois personagens em um só. O ganho de experiência (e os níveis, claro) eram contados separadamente, de acordo com a classe usada no dia. Devia ser um pesadelo para mestres que preferem distribuir XP no final da aventura (ao invés do final de cada sessão).

AD&D

A partir do AD&D, o esquema de multiclasses foi introduzido de vez no jogo, e funcionou do mesmo jeito por quase 20 anos. Para quem nunca jogou AD&D, funcionava assim:

Pra começar, qualquer personagem podia ser multiclasse - exceto humanos. Estes usavam uma outra regra, que eu vou comentar logo mais. No entanto, assim como cada raça tinha sua lista de classes permitidas (bons tempos!), as combinações entre essas classes também eram restritas.

Outra restrição: nunca eram permitidas combinações entre classes do mesmo "tipo". Explico: até então, as classes eram agrupadas pelo arquétipo de personagem que representavam. Na prática: os bons e velhos Guerreiro, Clérigo, Mago e Ladrão. Outras classes eram consideradas variações dessas principais. Então, combinações como Paladino e Guerreiro, ou Clérigo e Druida, eram impossíveis.

Isso na verdade faz sentido, uma vez que no AD&D, um personagem multiclasse ganha todas as habilidades - e restrições - de ambas as classes ao mesmo tempo, e divide a experiência entre elas, avançando em ambas ao mesmo tempo. Esse sistema tinha as suas combinações clássicas, como o elfo Guerreiro/Mago especializado em transformar monstros numa almofada de flechas encantadas, e o anão Guerreiro/Clérigo.

Esse sistema funcionava muito bem. Então por que a WotC alterou essas regras radicalmente para a terceira edição? Maldade? Aposto que sim, mas também tinha o fato de que esses personagens podiam ser extremamente desequilibrados.

Do jeito que era a tabela de progressão de XP do AD&D, um personagem multiclasse, ainda que dividindo seus pontos por 2, dificilmente estaria mais de 1 ou 2 níveis atrás do resto do grupo. Nos níveis mais altos, um Guerreiro/Mago normalmente era tão bom em combate quanto o outro Guerreiro do grupo, e tinha magias tão poderosas quanto o Mago puro. A diferença é que ele fazia tudo isso sozinho.

E os Humanos? Para eles, havia a dupla classe (foi mal, não lembro o termo traduzido). Um personagem dupla-classe começava a avançar normalmente em uma classe e depois, abandonava a progressão nessa primeira classe para sempre (sim, para sempre) e começava a avançar em outra, a partir do primeiro nível. A partir desse ponto, ele estava proibido de utilizar suas habilidades originais (sob pena de não ganhar XP pela aventura toda), até que o nível de sua classe nova ultrapassasse a classe original. A partir desse ponto, ele passava a funcionar como um multiclasse, só que ganhando níveis apenas na classe nova (sem dividir XP).

A partir de 2000, com o D&D 3e, entrou em cena um sistema que seria a solução desse problema... em tese. Duvida?

Gandagorn, meu Guerreiro/Mago. AD&D era massa.



D&D 3e

Eu detesto tanto o multiclassing da 3e, que poderia fazer um artigo inteiro só pra criticar essas regras. Aliás, é isso mesmo que eu vou fazer! Mas pra não perder o fio da meada, vamos relembrar como funcionava:

Dessa vez, não é mais possível começar no 1o nível pertencendo a duas (ou três!) classes - sim, eu conheço as regras para personagens Gestalt, mas elas estavam escondidas no meio de um suplemento (Unearthed Arcana, um dos poucos livros da terceira edição que eu gostei de ler). Agora, ao subir de nível, um personagem podia escolher outra classe - qualquer classe (respeitando apenas restrições de alinhamento).

Uma vez que o jogador escolhe a outra classe, ele deixa de avançar na classe original para ganhar um nível na classe nova. Também não há restrições em quantas classes você pode pegar níveis, apesar de que abusar disso podia impor penalidades no XP ganho. Ainda assim, começou a era dos meio-orc Bardo 1/Monge 5/Druida 10.

Desse jeito, ficou mais fácil fazer personagens focados em uma classe com apenas algumas habilidades úteis de outra (o Ranger com um ou dois níveis de Ladino para cuidar de armadilhas e trancas, por exemplo). Por outro lado, as combinações do tipo Mago/Guerreiro foram de desequilibradas para inviáveis. Um Guerreiro 5/Mago 5, num grupo de 10o nível, estaria bem atrás dos seus companheiros em eficiência.

Mas tudo bem. Vou parar de falar mal dessas regras (por enquanto) e falar um pouco das regras atuais:

D&D 4e

Agora, o multiclassing é feito através de Talentos. A cada novo talento do tipo, você deixa pra lá um pouco mais da sua classe original em troca de poderes da sua escolha nova. Você não evolui mais devagar que o resto do grupo, não deixa de lado habilidades importantes e pode se tornar bastante versátil. Restrições entre as classes não existem, mas você nunca pode escolher mais de uma classe. Adeus, combos inexplicáveis do ponto de vista da história!

Fica melhor: agora, voltou a ser possível se dedicar quase que por igual a duas classes. Você só precisa de paciência para acumular os Talentos necessários, e quando passar do 10o nível, troca sua Paragon Path por mais poderes da classe nova, diminuindo ainda mais a quantidade de habilidades entre ambas.

E como se não fosse suficiente, o pessoal da Wizards ainda está testando regras para personagens híbridos, que avançam em duas classes ao mesmo tempo, igualzinho ao AD&D. E dessa vez, de olho no equilíbrio. Pra mim, esse é um dos grandes pontos a favor da quarta edição.

Por enquanto é só, mas fiquem frios! Logo mais eu volto a falar sobre isso, com um post especial sobre multiclassing na 3e. Não vai ser bonito.