Spellbound (Dungeons & Dragons)

terça-feira, janeiro 05, 2010

Imagens Hilárias do OD&D, Parte II

Aproveitando a ocasião especial, a segunda parte já está no blog novo. Vai lá!

http://www.kilivitz.net/spellbound

Endereço Novo

Ano-novo, casa nova, vocês sabem como funciona.

Amiguinhos, estou abandonando o Blogger. Transferi todos os posts (e seus comentários) pro Wordpress, e hospedei o blog em um servidor próprio. Passem por lá e confiram o layout novo também que está bem melhor!

http://www.kilivitz.net/spellbound/



Grato pela atenção. Vejo vocês lá.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Novidades

Esse post é só pra testar um ajuste que eu acabei de fazer no layout. Agora aproveitando melhor a janela do seu browser e alienando quem ainda usa 800x600!

Sim, isso quer dizer que eu voltei a postar. Fiquem ligados nos próximos dias, vou continuar falando mal da 3a edição e relembrar Baldur's Gate. Vai ser divertido.

Ah, e também vai rolar uma continuação nos meus comentários sobre as ilustrações do OD&D. YES.

terça-feira, dezembro 08, 2009

D&D no Microsoft Surface (revisado)

Me desculpem se isso aqui já rodou um monte de blogs. Acabei ressurgindo das cinzas só pra mostrar o que (talvez) saia pro Microsoft Surface:

Surfacescapes Demo Walkthrough from Surfacescapes on Vimeo.



Repare que a interface usa um visual mais "renascença" mesmo com as regras da 4a edição.

Dá até pra rolar dados com o software. O que me deixa com vontade de ter um Surface é o fato de poder usar os mapas. Meu tipo ideal de jogo não precisa de muita inovação tecnológica, mas isso é bem legal.

O vídeo veio daqui.

quinta-feira, setembro 24, 2009

The Wise Gygax

Hoje estava limpando minha caixa de e-mails (divertido, produtivo, experimente!) e dei de cara com um trecho de uma entrevista com o Gary Gygax feita pelo RPG.net. Guardei isso no e-mail e agora vou postar aqui, porque vale a pena reproduzir o comentário:
RPGNet: So where exactly would you say roleplaying games fit into the continuum of the human arts and sciences? Are they literature? Theater? Mathematical hallucinations? What do they grow out of, and what might they be growing into?

Gary: To think of the RPG as anything more than a game for entertainment- not a pastime, but entertainment form- seems pretentious to me. Writing or even playing a game might be done artfully, but it is not an art form in the strict sense of the term. A RPG isn't literature either in such terms. A game is a game, and it seems highly pretentious to assert that an RPG is anything other than that. As for "growing", as far as I can tell, the RPG can be offered for play in different media, but growth? Change maybe, but otherwise...

Tradução:
RPGNet: No continuum das ciências e artes humanas, onde você diria que os jogos de RPG se encaixam? São literatura? Teatro? Alucinações matemáticas? Onde começou a evolução desse jogo, e o que ele se tornará no futuro?

Gary: Pensar no RPG como algo mais do que um jogo para entretenimento- não um passatempo, mas uma forma de entretenimento- me soa pretensioso. Escrever ou mesmo jogar um jogo pode ser feito de maneira artística, mas não torna o jogo uma arte no sentido literal. Nos mesmos termos, um RPG também não é literatura. Um jogo é um jogo, e parece muito pretensioso afirmar que um RPG é algo além disso. Quanto ao "crescimento", até onde sei, um RPG pode ser jogado em diferentes mídias, mas crescimento? Mudança, talvez, mas fora isso...

Interpretação não é nada, diversão é tudo, não jogue a terceira edição. É impressão minha ou eu estraguei o slogan?

quarta-feira, setembro 16, 2009

Dragon Slayer e a 4e - quem se importa?

Esse post é longo, prolixo e considerando que o blog tem pouquíssimos leitores - normal, já que eu sou enrolado demais pra postar mais de 2 vezes por mês - tem potencial pra ofender um bocado de gente, mas não vai.

Mal aí por não postar links, mas prefiro não dar nomes aos bois. Não é nem necessário, se você está lendo isso, com certeza lê um bocado de outros blogs e sites muito mais populares sobre D&D.


Então a Dragon Slayer postou uma resenha acabando com a 4a edição e muita gente não gostou. E daí?

Antes de mais nada, quero deixar claro que deixei de levar a Dragão Brasil a sério quando ainda tinha uns 14 anos de idade e não vejo o menor motivo pra ter uma atitude diferente em relação à Dragon Slayer. Talvez isso tenha a ver com uma certa atrocidade chamada Tormenta.

O problema é que esse pessoal todo indignado com a resenha não só está perdendo tempo, como está cuspindo fogo pelos motivos errados.

Vi no Orkut e em outros blogs gente dizendo que o texto é ruim porque é tendencioso. E qual é o problema nisso? Alguém ainda acha que existe jornalismo objetivo? Concordo que ninguém deveria aprovar que qualquer veículo de mídia tente passar inverdades ou mentiras descaradas como fatos, mas quando se trata de uma resenha de um produto, esperar imparcialidade é ingenuidade demais.

Alguém que não tem o mínimo envolvimento emocional com um hobby provavelmente não tem cacife o suficiente pra escrever sobre aquilo. Então o tal do Leonel Caldela detestou a 4a edição e fez questão de demonstrar isso na resenha. E você com isso?

Também li que enquanto única revista de RPG do país, a Dragon Slayer não pode se dar ao luxo de publicar uma opinião negativa sobre a nova edição. Algumas justificativas pra esse argumento beiram o estapafúrdio.

Por exemplo, aparentemente o pessoal que depende da revista pra se informar sobre RPG por não ter acesso fácil a internet vai deixar de jogar a 4e porque vai formar uma opinião negativa baseada na resenha (e outras alfinetadas publicadas). Cara, tem tanta coisa errada com esse argumento que não sei nem por onde começar.

Em primeiro lugar, que pessoal é esse que depende da Dragon Slayer pra qualquer coisa? Alguém que não pode pagar pra acessar a internet, seja em casa ou em uma lan house provavelmente não vai desembolsar 10 reais numa revista (que por sinal, é bem difícil de encontrar na banca) voltada para um hobby onde a maioria dos livros (que também não se encontram em qualquer lugar) custa caro. Em outras palavras: alguém da nossa geração que se encontra privado de acessar a internet regularmente muito provavelmente não tem nem dinheiro pra jogar RPG. A não ser, é claro, que ele usasse PDFs baixados da mesma internet a qual ele não usa nem pra ler sobre o jogo. A palavra pra descrever isso é falácia, ou se você se amarra em inglês, bullshit.

E mais: ainda que esse fosse o caso, de que te importa se alguém é idiota o suficiente pra tomar a resenha como verdade absoluta (a despeito do próprio autor aconselhar o contrário) e sair falando mal do jogo? Você gosta, você joga, você é capaz de formar a própria opinião, parabéns.

Tem gente que acha pecado falar mal de RPG (em especial RPG nacional) porque isso prejudica o mercado. É isso? Será medo da publicidade negativa afetar as vendas da 4a edição em português e finalmente fazer a Devir abandonar a linha? Claro que se você gosta do jogo, não quer ver isso acontecer, mas condenar a opinião alheia só porque a mesma bate de frente com os seus interesses (no caso, de ver a 4a edição vendendo bem) não me soa exatamente virtuoso. Talvez a questão aqui não seja integridade jornalística, mas confesso que nesse ponto já estou especulando demais.

A parte mais engraçada é que algumas respostas indignadas atacam a resenha ponto-a-ponto, tentando provar por A+B que a 4a edição é, sim, um jogo muito melhor que a 3a edição (isso é verdade, mas até aí, não é exatamente um baita mérito).

No fundo, isso é só mais um caso de edition wars, glorificado pelo fato da ofensa inicial ter sido perpetrada por uma publicação impressa.

Blah blah blah a 4a edição é a melhor encarnação do jogo (não, não é, nem de longe) versus blah blah blah a 3a edição é que era boa (não, não era, a 3a edição foi talvez a pior coisa que já aconteceu com o hobby - sim, estou sendo tendencioso, é o meu blog, okay, que deve ter só uns 10 leitores a menos que a Dragon Slayer).

A resenha é péssima. Mas a reação foi tão ruim quanto. Tomem vergonha na cara.

quarta-feira, agosto 12, 2009

Imagens Hilárias do OD&D, Parte I

Não confie em ninguém que te diga que a edição original do D&D, publicada em 1974, não é uma das melhores encarnações do jogo.

O único problema é que naquela época, os livros eram editados de maneira praticamente artesanal. A TSR ainda era uma empresa pequena, e dá pra entender que sem computadores à disposição ou uma verba decente, não foi possível dar um tratamento visual excepcional pros livros.

Seguindo essa linha de raciocínio, também não dava pra esperar que as ilustrações fossem da melhor qualidade No entanto, isso não me impede de agora, 35 anos depois, analisá-las de maneira crítica, ponderada e comedida.

Meninos e meninas, esse é o primeiro de uma série de posts onde eu trago pra vocês as fantásticas ilustrações do OD&D. Hoje, veremos as 15 imagens do primeiro volume, Men and Magic.

E junto comigo nessa jornada épica, o DM do meu grupo. Com vocês, o ilustre Jack Castillo.

Jack: de cara você já vê a vantagem do OD&D em relação à 3ª edição: a capa realmente tem jeitão de coisa feita na idade média, com essa cor de envelope de guardar recibo e uma ilustração deveras rústica, convidando o jogador a desbravar um mundo fantástico de físicos atrofiados, armaduras desconfortáveis, armas impróprias e texto desalinhado. nem precisou daquela viadagem de simular capa de tomo mágico.

Han: cara, diga o que quiser, eu ainda acho essa capa bem mais legal que a da 3a edição. D&D é isso, cara, é desafiar as convenções, mesmo nos anos 70. A capa politicamente correta dando destaque pra um aventureiro com nanismo merece aplausos. Ou isso, ou é só um Halfling.

Jack: mas eu concordo! é o que eu disse sobre ajudar a entrar no clima: só de ver essa capa, eu já me sinto realmente morando num mundo de tecnologia precária.

É necessário apontar que o título do livro é MEN & MAGIC. o MAN, eu suponho, já está devidamente representado. agora resta saber onde está a MAGIC. deve ter alguma relação com o texto todo torto. Ou talvez se trate de alguma coisa mais sutil. veja por exemplo a expressão confusa do guerreiro: ele provavelmente está se perguntando que espécie de feitiçaria diabólica transformou o mundo nessa capa de papel barato.

Jack: bom, pra mim é bastante óbvio o que tá rolando. o mago merlin, um faquir e o guitarrista do anthrax estão fazendo uma festinha. o merlin tá explicando pra galera a brincadeira de estourar bexiga no colo dos outros. o faquir já está esperando, porque calhou dele ser o cara que vai segurar a bexiga. E o carinha do anthrax já tá até preparando uma dose porque, você sabe, não dá pra sair sentando em colo de homem sóbrio, né?

Han: vejo ali uma freira barbada, um faquir e um cara que me lembra um persa, ou egípcio, povos que até onde eu sei, não usavam gládios. Vai entender.

Jack: pois é, eu achei que se tratavam de aventuras num ambiente meio europa medieval. e aquilo no cinto do persa (?) não é uma marreta?

Han: aquele corvo em cima da maçã parece que está procurando algo no chão. Algo tipo sua capacidade de refletir luz.

Jack: parece até que ele tá sacaneando o faquir. tipo "hah! o careca vai peidar no seu colo".

Han: isso foi... terrível.

Jack: terrível é a caveira do pato donald na qual o corvo está apoiado. o pessoal não limpa esse lugar? que merda de festa.

Han: olha, uma Fada Viking. Tem no Livro dos Monstros?

Jack: tentando amedrontar uma, huh, lesma na folha?

Eu não sei quais as regras de vestimenta do mundo das fadas, mas deve existir alguma tese sobre balancear chapéus vikings com sapatinhos de bailarina.

Han: eu só queria saber de onde vem os chifres desse capacete. Talvez no mundo das Fadas Viking existam mini-touros, ou mini-minotauros. Minitauros! HAHA! Eu sou um gênio.

Jack: enfim, o fato da lesma estar cagando e andando pra demonstração de raiva da fada viking demonstra que até mesmo espécies cujo ritual de acasalamento envolve um duelo de pênis sabem que usar sapatinho de bailarina só te transforma num merda.)

Han: Não me surpreenderia se você dissesse que foi o D&D que te ensinou tanto sobre psicologia de lesmas.

Jack: rapaz, o que eu aprendi sobre a VIDA através do D&D daria pra preencher um livro. Só te digo que eu nunca precisei me especializar em nada que não fosse "espada de duas mãos" e "funda".

Han: Seria esse o primeiro desenho aceitável do livro?

Jack: aceitável? talvez do ponto de vista estético, mas... e esse DILDO largado aí no meio?

Han: ossos desenhados nesse esquema cartunesco já são fálicos, o ângulo desse aí não ajudou em nada.

Jack: isso traz outra questão: porque diabos guardar caveiras e ossos em meio ao tesouro? eu nunca entendi. se uma criatura é esperta o suficiente pra reconhecer o valor das moedas de ouro, organizá-las e eleger um lugar específico só para guardá-las, por que diabos levar restos de gente morta junto? Pra mim isso faz tanto sentido quanto um mafioso comprando uma mercedes e trocando o enfeitezinho do capô pelo crânio de uma chefão da máfia inimiga.

Pensando bem, isso seria bem legal.

Han: E pensar que uma idéia dessas nunca teria surgido se o dono do tesouro tivesse sido menos muquirana e gasto um pouco desse ouro comprando outro baú.

Han: Um anão tremendamente orgulhoso do bonsai ali ao lado.

Jack: pelo jeito, ele dedicou tanto tempo ao bonsai que esqueceu de comprar uma bainha decente pra espada. sério, segurar uma lâmina afiada com um CORDÃO e ainda apoiá-la contra a coxa? se existisse internet na fantasia medieval, isso ia ser assunto dos spams de powerpoint com sintomas de pobre, tipo colocar bombril na antena da tv.

Han: Essa imagem também apresenta pro mundo uma tendência fashion do OD&D: as botas adornadas com folhas de parreira.

Jack: e o conjunto clássico "camisa de garçom/saiote de couro de vaca". Pura finesse.

Jack: ok, eu não entendi o que é isso. pelo chapéu, eu chutaria que é o pateta. e você?

Han: Seja lá o que for, tem o poder mágico de distrair o inimigo com um pênis de borracha. Só lamento que essa imagem tenha ficado no meio do caminho pra parecer um autêntico teste de Rorschach.

Jack: ou isso, ou ele usa uma cobra jararaca como arma branca - o que é arriscado, mas não deixa de ser interessante, se você for pensar...

Han: ei, Pateta, você derrubou os fones de ouvido!

Han: olha, eu prefiro guardar minha espada com um barbante do que usar um lápis gigante como bainha, tipo esse gnomo.

Jack: eu não consigo pensar em nada pra falar sobre essa imagem. acho que essa perninha necrosada do gnomo e os pés inexistentes me confundiram.

Han: Não falei? Botas com folha de parreira!

Jack: sim! e você logo nota que se trata realmente de um bárbaro: checa só o cabelão tratado com lama do mangue! Ou é isso, ou ele tem algum companheiro animal que seja um polvo que ele carrega na cabeça.

Han: é impressão minha, ou ele tá com um shortinho de lycra?

Jack: é uma boxer. e eu achando que ele usava uma legging! Mas, no geral, é um desenho bem intencionado. você consegue notar direitinho o desespero na expressão dele, enquanto combate ferozmente o foco de luz indefinido que gera sombras sem o menor sentido em seu corpo.

Han: o necromante do grupo conjurou sombras na perna direita dele pra esconder o fato de que ela é muito menos malhada que a outra.

Han: Não entendo essas bruxas. Tanto feitiço, e nenhum capaz de criar um calço decente pro pé da cadeira. Digo isso porque seria covardia falar da perspectiva bizarra desse livro no chão.

Jack: e pra que ficar tão perto do caldeirão, afinal? elas estão preparando alguma poção diabólica ou fazendo fondue?

Han: Acho que é fondue de chocolate. Repare que o rosto da bruxa da direita tá lambuzado.

Jack: é verdade. e a bruxa da esquerda está até chamando a atenção, tipo "tem um bagulho gozado na tua boca".

Han: www.instantrimshot.com

Jack: bruxas precisam se divertir, você sabe.

Jack: coisas que tolkien não nos explicou: orcs se parecem com o Ron Perlman, usam cabelinho de vocalista do pantera e camisa com franja estilo country. De repente, eu não consigo pensar em nenhum adversário tão temível...

Han: não sei o que é pior: levar o golpe que deixou essa cicatriz na cabeça ou a calvície resultante do ataque.

Jack: hum. aquilo seria um cinto de castidade?

Han: Eu acho legal como o desenhista precisa especificar que ao contrário das bruxas (witches) da outra imagem, essa é a bruxa *linda* (beautiful witch)

Jack: resta saber se isso influencia alguma coisa nos poderes dela - ou na capacidade de comer fondue sem se sujar.

Han: esse desenho seria irrepreensível se não tivesse algo muito errado com os peitos dela. O esquerdo tá tipo tentando se esconder na axila.

Jack: vai ver que uma das bruxas feias ficou com inveja e resolveu amaldiçoá-la com peito de Lucélia Santos.

Han: certeza que na real, elas estão lá sentadas fofocando sobre a vida sexual dela.

Jack: sim. não dá mais pra ganhar dinheiro decentemente como stripper, fazendo aquele negócio de girar uns penduricalhos no mamilo.

Jack: eu vejo essa imagem e me lembro do borat perguntando "how much?"

Han: E ainda acham que D&D novo é mais legal. Nudez gratuita, poxa vida!

Jack: gostei do estilo de cowgirl erótica da moça. certamente deve influenciar durante o combate, com algum poder do tipo "atordoar". sem contar, é claro, essa carapaça na cabeça dela, que deve dar vários bônus na AC.

Han: devidamente negados pelos redutores em combate provenientes de ter pés dessa finura.

Han: Não dá pra negar que o D&D old school é mais realista: ninguém perde tempo fazendo a barba. Muito menos os goblins.

Jack: bem isso. curioso é que, levando em conta o estilo geral das ilustrações, se não fosse pela legenda, eu poderia muito bem confundir o goblin com o anão ou um dos gnomos. a diferença é que esse tem uma capa psicodélica. Pra quem não perde tempo fazendo a barba, os goblins certamente apresentam uma vestimenta impecável.

Han: E você sabe que um Anão nunca tentaria acertar o inimigo com as costas do machado.

Jack: está vendo? foi isso que eu disse: parece existir uma tendência de desenhar qualquer raça não-humana com barba e gorro. não é como se esses fosses traços raciais muito específicos, não é mesmo? mas você pode ver que até o elfo se mostra indignado, se rebelando contra sua forma genérica e enterrando o sabre em sua perna deformada. quando foi que ele se deu conta de sua condição? antes ou depois de abater a criatura de papier-maché aos seus pés? de qualquer maneira, a dor em seu olhar é evidente.

Han: mas esse Elfo tem algo único: a combinação de capacete e chapéu de bobo da corte.

Han: Juro que levei uns dois minutos pra entender o que tá acontecendo ali.

Jack: eu também. eu chutaria que o coração gelado dos ursinhos carinhosos está dando uma de sacana e jogando um balde d'água no travesseiro do zé gotinha.

Han: Você, meu caro, entende de arte. Nem me atrevo a tentar analisar mais a imagem.

Jack: ora, disponha!

Han: okay, por hoje é só, amiguinhos! Semana que vem a gente continua, com os desenhos do Vol. 2, Monster and Treasure. Vocês ainda não viram nada.