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quarta-feira, setembro 16, 2009
Dragon Slayer e a 4e - quem se importa?
Esse post é longo, prolixo e considerando que o blog tem pouquíssimos leitores - normal, já que eu sou enrolado demais pra postar mais de 2 vezes por mês - tem potencial pra ofender um bocado de gente, mas não vai.
Mal aí por não postar links, mas prefiro não dar nomes aos bois. Não é nem necessário, se você está lendo isso, com certeza lê um bocado de outros blogs e sites muito mais populares sobre D&D.
Então a Dragon Slayer postou uma resenha acabando com a 4a edição e muita gente não gostou. E daí?
Antes de mais nada, quero deixar claro que deixei de levar a Dragão Brasil a sério quando ainda tinha uns 14 anos de idade e não vejo o menor motivo pra ter uma atitude diferente em relação à Dragon Slayer. Talvez isso tenha a ver com uma certa atrocidade chamada Tormenta.
O problema é que esse pessoal todo indignado com a resenha não só está perdendo tempo, como está cuspindo fogo pelos motivos errados.
Vi no Orkut e em outros blogs gente dizendo que o texto é ruim porque é tendencioso. E qual é o problema nisso? Alguém ainda acha que existe jornalismo objetivo? Concordo que ninguém deveria aprovar que qualquer veículo de mídia tente passar inverdades ou mentiras descaradas como fatos, mas quando se trata de uma resenha de um produto, esperar imparcialidade é ingenuidade demais.
Alguém que não tem o mínimo envolvimento emocional com um hobby provavelmente não tem cacife o suficiente pra escrever sobre aquilo. Então o tal do Leonel Caldela detestou a 4a edição e fez questão de demonstrar isso na resenha. E você com isso?
Também li que enquanto única revista de RPG do país, a Dragon Slayer não pode se dar ao luxo de publicar uma opinião negativa sobre a nova edição. Algumas justificativas pra esse argumento beiram o estapafúrdio.
Por exemplo, aparentemente o pessoal que depende da revista pra se informar sobre RPG por não ter acesso fácil a internet vai deixar de jogar a 4e porque vai formar uma opinião negativa baseada na resenha (e outras alfinetadas publicadas). Cara, tem tanta coisa errada com esse argumento que não sei nem por onde começar.
Em primeiro lugar, que pessoal é esse que depende da Dragon Slayer pra qualquer coisa? Alguém que não pode pagar pra acessar a internet, seja em casa ou em uma lan house provavelmente não vai desembolsar 10 reais numa revista (que por sinal, é bem difícil de encontrar na banca) voltada para um hobby onde a maioria dos livros (que também não se encontram em qualquer lugar) custa caro. Em outras palavras: alguém da nossa geração que se encontra privado de acessar a internet regularmente muito provavelmente não tem nem dinheiro pra jogar RPG. A não ser, é claro, que ele usasse PDFs baixados da mesma internet a qual ele não usa nem pra ler sobre o jogo. A palavra pra descrever isso é falácia, ou se você se amarra em inglês, bullshit.
E mais: ainda que esse fosse o caso, de que te importa se alguém é idiota o suficiente pra tomar a resenha como verdade absoluta (a despeito do próprio autor aconselhar o contrário) e sair falando mal do jogo? Você gosta, você joga, você é capaz de formar a própria opinião, parabéns.
Tem gente que acha pecado falar mal de RPG (em especial RPG nacional) porque isso prejudica o mercado. É isso? Será medo da publicidade negativa afetar as vendas da 4a edição em português e finalmente fazer a Devir abandonar a linha? Claro que se você gosta do jogo, não quer ver isso acontecer, mas condenar a opinião alheia só porque a mesma bate de frente com os seus interesses (no caso, de ver a 4a edição vendendo bem) não me soa exatamente virtuoso. Talvez a questão aqui não seja integridade jornalística, mas confesso que nesse ponto já estou especulando demais.
A parte mais engraçada é que algumas respostas indignadas atacam a resenha ponto-a-ponto, tentando provar por A+B que a 4a edição é, sim, um jogo muito melhor que a 3a edição (isso é verdade, mas até aí, não é exatamente um baita mérito).
No fundo, isso é só mais um caso de edition wars, glorificado pelo fato da ofensa inicial ter sido perpetrada por uma publicação impressa.
Blah blah blah a 4a edição é a melhor encarnação do jogo (não, não é, nem de longe) versus blah blah blah a 3a edição é que era boa (não, não era, a 3a edição foi talvez a pior coisa que já aconteceu com o hobby - sim, estou sendo tendencioso, é o meu blog, okay, que deve ter só uns 10 leitores a menos que a Dragon Slayer).
A resenha é péssima. Mas a reação foi tão ruim quanto. Tomem vergonha na cara.
Mal aí por não postar links, mas prefiro não dar nomes aos bois. Não é nem necessário, se você está lendo isso, com certeza lê um bocado de outros blogs e sites muito mais populares sobre D&D.
Então a Dragon Slayer postou uma resenha acabando com a 4a edição e muita gente não gostou. E daí?
Antes de mais nada, quero deixar claro que deixei de levar a Dragão Brasil a sério quando ainda tinha uns 14 anos de idade e não vejo o menor motivo pra ter uma atitude diferente em relação à Dragon Slayer. Talvez isso tenha a ver com uma certa atrocidade chamada Tormenta.
O problema é que esse pessoal todo indignado com a resenha não só está perdendo tempo, como está cuspindo fogo pelos motivos errados.
Vi no Orkut e em outros blogs gente dizendo que o texto é ruim porque é tendencioso. E qual é o problema nisso? Alguém ainda acha que existe jornalismo objetivo? Concordo que ninguém deveria aprovar que qualquer veículo de mídia tente passar inverdades ou mentiras descaradas como fatos, mas quando se trata de uma resenha de um produto, esperar imparcialidade é ingenuidade demais.
Alguém que não tem o mínimo envolvimento emocional com um hobby provavelmente não tem cacife o suficiente pra escrever sobre aquilo. Então o tal do Leonel Caldela detestou a 4a edição e fez questão de demonstrar isso na resenha. E você com isso?
Também li que enquanto única revista de RPG do país, a Dragon Slayer não pode se dar ao luxo de publicar uma opinião negativa sobre a nova edição. Algumas justificativas pra esse argumento beiram o estapafúrdio.
Por exemplo, aparentemente o pessoal que depende da revista pra se informar sobre RPG por não ter acesso fácil a internet vai deixar de jogar a 4e porque vai formar uma opinião negativa baseada na resenha (e outras alfinetadas publicadas). Cara, tem tanta coisa errada com esse argumento que não sei nem por onde começar.
Em primeiro lugar, que pessoal é esse que depende da Dragon Slayer pra qualquer coisa? Alguém que não pode pagar pra acessar a internet, seja em casa ou em uma lan house provavelmente não vai desembolsar 10 reais numa revista (que por sinal, é bem difícil de encontrar na banca) voltada para um hobby onde a maioria dos livros (que também não se encontram em qualquer lugar) custa caro. Em outras palavras: alguém da nossa geração que se encontra privado de acessar a internet regularmente muito provavelmente não tem nem dinheiro pra jogar RPG. A não ser, é claro, que ele usasse PDFs baixados da mesma internet a qual ele não usa nem pra ler sobre o jogo. A palavra pra descrever isso é falácia, ou se você se amarra em inglês, bullshit.
E mais: ainda que esse fosse o caso, de que te importa se alguém é idiota o suficiente pra tomar a resenha como verdade absoluta (a despeito do próprio autor aconselhar o contrário) e sair falando mal do jogo? Você gosta, você joga, você é capaz de formar a própria opinião, parabéns.
Tem gente que acha pecado falar mal de RPG (em especial RPG nacional) porque isso prejudica o mercado. É isso? Será medo da publicidade negativa afetar as vendas da 4a edição em português e finalmente fazer a Devir abandonar a linha? Claro que se você gosta do jogo, não quer ver isso acontecer, mas condenar a opinião alheia só porque a mesma bate de frente com os seus interesses (no caso, de ver a 4a edição vendendo bem) não me soa exatamente virtuoso. Talvez a questão aqui não seja integridade jornalística, mas confesso que nesse ponto já estou especulando demais.
A parte mais engraçada é que algumas respostas indignadas atacam a resenha ponto-a-ponto, tentando provar por A+B que a 4a edição é, sim, um jogo muito melhor que a 3a edição (isso é verdade, mas até aí, não é exatamente um baita mérito).
No fundo, isso é só mais um caso de edition wars, glorificado pelo fato da ofensa inicial ter sido perpetrada por uma publicação impressa.
Blah blah blah a 4a edição é a melhor encarnação do jogo (não, não é, nem de longe) versus blah blah blah a 3a edição é que era boa (não, não era, a 3a edição foi talvez a pior coisa que já aconteceu com o hobby - sim, estou sendo tendencioso, é o meu blog, okay, que deve ter só uns 10 leitores a menos que a Dragon Slayer).
A resenha é péssima. Mas a reação foi tão ruim quanto. Tomem vergonha na cara.
quarta-feira, maio 13, 2009
Resenha: Playtest do Monge 4e

Oh não! Eles estão de volta!
Talvez pelo mesmo motivo que leva um bocado de jogadores a detestar poderes psiônicos: esses tipos de personagem destoam do modelo de fantasia medieval "eurocêntrico". Goste ou não, aqui no ocidente, essa é a ambientação com a qual a maioria dos fãs de fantasia está acostumado. Poderes psiônicos não vêm ao caso agora, mas no caso do Monge, dá pra entender.
Não é que eu tenha algum problema com o estilo oriental. Na real, sempre fiquei fascinado com jogos como Legend of the Five Rings e samurais, ninjas e artistas marciais são tão legais quanto os arquétipos baseados na mitologia celta, nórdica e etc. Só não acredito que essas duas culturas combinadas dêem em algo homogêneo (ou verossímil). Tem algo que me incomoda em ver um personagem baseado no Bruce Lee atacando Orcs com voadoras enquanto o Anão com sotaque escocês e elmo adornado com chifres usa um machado pra atacar o ogre. O oposto também não me cai bem: imagine as aventuras de William Wallace em Kara-Tur. Moral da história: por mais que tanto Spawn quanto Superman sejam super-heróis legais, Spawn vs. Superman daria um gibi bem estúpido. Será que já existe?
Outra coisa no Monge que me dá dor de cabeça é o tipo de jogador que costuma ser atraído pela classe. Minhas experiências com o Monge até hoje envolveram um Meio-Elfo baseado em algum personagem de Dragonball cujo background contava que ele havia chacinado 10.000 orcs em apenas uma noite usando uma espécie de esfera do poder (batalha de Helm's Deep é o caralho, ISSO é épico!). Outro era o típico jogador que não sabe a diferença entre alívio cômico e campanha engraçadinha, que tentou trazer pra minha mesa um Monge ladrão ("para abrir mão das posses, é necessário TER posses, de preferência a dos outros!"), viciado em sexo ("dedicado a iniciar jovens na técnica do orgasmo cósmico") e bêbado ("a purificação do corpo se dá através da dor infligida - nos outros"). Essas citações entre parênteses vêm do background do personagem, e juro que não é invenção minha.
Enfim, pra mim, o Monge deveria estar em suplementos como Oriental Adventures, onde eles podem ser melhor utilizados. Pena que eu não posso ter tudo do meu jeito, e ano que vem, a classe fará parte do Player's Handbook 3, acabando com a minha alegria. E é claro que por curiosidade mórbida, eu fui conferir o artigo com as regras para playtest.
Primeiras impressões
O que mudou no Monge da quarta edição? Não muita coisa. Eles ainda são artistas marciais especialistas em combate desarmado que treinam em monastérios para atingir o equilíbrio perfeito entre mente e corpo. A mudança mais notável é que agora eles são personagens psiônicos. Pelo jeito, o pessoal da WotC concluiu que Ki e poderes psiônicos são parecidos o suficiente para serem combinados em uma única fonte de poder, o que pra mim foi uma decisão sábia (mais fontes de poder implicam em mais classes redundantes, um problema sobre o qual eu quero falar outro dia).

Eu gosto de pensar que ele está lutando Boxe Celestial do Bêbado.
O antigo bônus na CA baseado no modificador de Sabedoria já era. Agora, o personagem ganha apenas +2 quando estiver usando cloth armor (ou armadura nenhuma). Escudos continuam invalidando o bônus. Além disso, o Monge ganha +1 em todas as outras 3 defesas.
Personagens dessa classe escolhem entre Tradições Monásticas, cada uma com uma técnica de combate diferente. No caso do playtest, apenas uma está disponível, a Centered Breath, que "foca em aperfeiçoar sua percepção para melhor controlar a magia psiônica. Essa tradição ensina que apenas através do autocontrole é possível controlar seu ambiente." Okay, então. Em termos de jogo, essa tradição dá um bônus de +1 em Fortitude (além do +1 já citado), além de um tipo específico de Flurry of Blows, um poder at-will que Monges ganham de graça.
A regra mais ridícula da história das regras ridículas
Alguns poderes de Monge também utilizam implementos, que pode ser uma entre certas armas (bordões ou adagas, por exemplo), ou os próprios punhos. É aqui que encontramos a primeira bizarrice.
O ritual Encantar Item Mágico pode ser usado para transformar o ataque desarmado de seu monge em uma arma mágica. Por exemplo, através desse ritual, você pode ter um ataque desarmado de monge flamejante +1.Mas que porra é essa agora? Como é possível utilizar um ritual para transformar os punhos de um monge em uma arma mágica?
Eu entendo que com o passar dos níveis, personagens adquirem armas mágicas e o monge não deveria ficar em desvantagem só por lutar desarmado. É por isso que na 3e ele ganhava o bônus nos níveis apropriados. A parte importante é que os punhos eram tratados pelas regras como armas mágicas, e não literalmente encantados!
Talvez tenha a ver com a obsessão dos designers por equilíbrio. Considerando que outros personagens compram armas mágicas com tesouro (ou então as encontram/conquistam como parte do tesouro), seria injusto que o monge ganhasse o bônus de graça. Mas é justo fazer com que agora ele pague o preço de um ritual para ter armas que ele não pode perder ou derrubar nunca? (Não adianta falar de mutilação - qualquer personagem pode perder um membro e ficar menos capaz de brandir uma arma).
E que lógica sem-vergonha é essa que permite que alguém encante uma parte do corpo de alguém? Por que só os monges podem receber esse benefício? Será que ele poderia encantar o corpo inteiro e ganhar uma armadura mágica permanente? E se ele pedir pra encantar certas outras partes do corpo (se é que você me entende)? Quem precisa dessa regra? Quem precisa dessa classe? Monges estão para os artistas marciais da literatura e cinema asiáticos como o Steven Seagal está para o Bruce Lee. Eu quero eles longe da minha campanha. FORA!
Daí você diz, mas a regra não se refere à nenhuma parte do corpo do monge - o ataque é que fica encantado, sejam socos ou chutes. Okay, e como é que isso é representado na história? O que o Mago diria que está fazendo na hora de executar um ritual usado para encantar espadas e afins no corpo de outra pessoa? E considerando que é um ritual arcano - isso não afeta a ligação do monge com a magia psiônica? BAH.
Quando uma regra me faz dizer que a abordagem da 3a edição era melhor, você sabe que algo tá muito errado. Essa tem que ser a regra mais estúpida de toda a 4e. A mecânica dos poderes já não faz um bom trabalho em fazer sentido do ponto de vista da narrativa, o que dá pra relevar (se estiver de bom humor, o que é bem difícil quando você tem um monge no grupo, diga-se de passagem), mas isso já é forçar a amizade.

Isso é um Shifter? Um Githyanki? Sério, não reconheci a raça.
Aparentemente, os poderes das classes psiônicas se chamam Disciplinas. Os ataques do monge causam consideravelmente menos dano que o de outros strikers (pelo menos Ladinos e Rangers - que eu me nego a chamar de Patrulheiros, mal aí, Devir), mas compensam isso através de técnicas de movimento.
Uma técnica de movimento é uma ação de movimento "alternativa" que pode ser usada em conjunto com um ataque, e que tem vantagens sobre uma ação de movimento comum. Por exemplo, dependendo do ataque que estiver usando no seu turno, você também poderia se mover 2 quadrados a mais que o normal, trocar de quadrado com um inimigo adjacente, ou então fazer um shift de 2 quadrados (ainda sem provocar ataques de oportunidade).
As limitações são que você não pode usar duas técnicas de movimento diferentes na mesma rodada, a não ser que gaste um action point para trocar de disciplina. Além disso, técnicas estão ligadas ao poder do qual elas fazem parte - você não pode fazer um ataque de um poder X e usar a técnica de poder Y.
Ah, eu comentei que o papel secundário da classe é Controller, certo? Um dos ataques at-will à disposição é Five Storms, um ataque de área (blast 1).
Aliás, os nomes dos poderes são divertidos, isso eu admito. Você vai poder dizer "eu sei que sou um monge, mas pelo menos tenho poderes que se chamam Macaco Bêbado, Fantasma Faminto, e é claro, Boxeador Bêbado Celestial.
Resumo da ópera
Caguei pro monge.
segunda-feira, maio 04, 2009
Coisas que me irritam na 3a edição, Parte I

Quantas horas por dia esse cara passa fechando e abrindo essas fivelas?
O original? Ótimo (pelo menos pra quem pega o espírito da coisa). Holmes e Moldvay? Também. AD&D 1e? Legal. AD&D 2e? Pra mim, a versão definitiva do jogo (foi mal, Sr. Gygax). 4e? Sim, ué.
Como você já percebeu, faltou uma edição no último parágrafo. Isso é porque o tempo passa, o tempo voa, e eu continuo achando o D&D 3e uma bela merda.
À essa altura, falar mal da 3e talvez seja chutar cachorro morto. Pena que eu não tou nem aí - preciso extravasar isso de alguma maneira. Então, lá vai o primeiro item minha longa lista de coisas que me irritam na terceira edição:
1. A estética
Já cansei de ler e ouvir que a 4e é voltada para moleques de 12 anos fãs de anime e World of Warcraft. Eu acredito que muito do marketing de um jogo tenha a ver com a estética dos livros - tanto o layout quanto a ilustração. Sejamos francos - a primeira impressão que todos temos de um RPG é baseada nisso, em especial quando se trata de um jogo que precisa de 3 livros somando quase 800 páginas para ser jogado.
Então, considerando que estética é um fator importante, qual dessas duas imagens que você acha que tem mais apelo visual para pré-adolescentes com déficit de atenção viciados em Pokémon?

O Guerreiro da esquerda não é lá essas coisas. Mas pelo menos ele não tem asinhas nas botas.
A mensagem passada pela 3e é a de que a estética predominante na fantasia medieval (na falta de um termo melhor), sabe, aquela que não fez sucesso nenhum nos filmes d'O Senhor dos Anéis, muito menos nos gibis do Conan, quem dirá nos próprios cenários da TSR, como Dragonlance, não tinha espinhos e esporões e fivelas e tatuagens e cabelos espetados o suficiente.

Acima: um Tomo Mágico.
Em tempos de AD&D, por mais impenetráveis que fossem as regras (e acredite em mim, isso não mudou na 3e), as ilustrações bebiam direto da mesma fonte de fantasia que era conhecida por um público que ia muito além dos jogadores de RPG. A aparência da 3e me parece pretensiosa a ponto de querer definir uma estética única ao jogo, o que a princípio não é a pior idéia de todos os tempos, mas o resultado não fez nada além de me alienar.
Você acha que eu tou exagerando? Que tal chegar praquele seu amigo que está se iniciando no jogo e dizer "cara, quer ser um elfo? Que nem o Legolas? Uma feiticeira, tipo a Arwen? Então tó:
O coitado provavelmente vai ficar se perguntando porque deram a ficha do Gollum pra ele. Parabéns, você provavelmente perdeu um amigo. É nisso que dá jogar D&D 3e.
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